Economia brasileira cresce 0,6% em fevereiro, aponta prévia da FGV.

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A atividade econômica brasileira avançou 0,6% em fevereiro, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (20) pelo Monitor da FGV (Fundação Getulio Vargas), indicador considerado uma prévia do PIB. Em termos monetários, estima-se que o acumulado do PIB no primeiro bimestre de 2022 tenha sido de R$ 1,332 trilhão.

Na análise trimestral, Monitor do PIB (Produto Interno Bruto) — soma de todos os bens e serviços produzidos no país — apresenta alta de 1,1%, na comparação com os três meses finalizados em novembro. Já em termos anuais, o crescimento da economia nacional é de 1,2%.

Juliana Trece, coordenadora da pesquisa, explica que o crescimento da economia brasileira segue impulsionado pelo desempenho do setor de serviços. “Esse setor segue com variação interanual acima da observada na agropecuária e na indústria, em praticamente todos os meses, desde meados do ano passado”, afirma ela.

Ainda que os resultados recentes mostrem o setor de serviços como fundamental para o desempenho da economia no início deste ano, Juliana avalia que o “combo inflação, juros e desemprego elevados pode prejudicar a sustentação do crescimento da atividade de serviços no decorrer do ano e, consequentemente, do próprio PIB”.

No período entre dezembro e fevereiro, o consumo das famílias cresceu 2,1%, em comparação ao mesmo período do ano passado. Pelo quinto mês consecutivo, o componente de serviços foi o único a apresentar taxas positivas, que foram influenciadas, principalmente, pelo desempenho dos segmentos de transporte e de alojamento, alimentação e domésticos. Destaca-se também a forte queda do consumo de bens duráveis (-8,6%).

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Balança comercial

O Monitor revela ainda que as exportações saltaram 12,5% no trimestre encerrado em fevereiro, na comparação ao mesmo período do ano passado. O principal responsável por esse crescimento foram as exportações de produtos agropecuários. Na contramão, apenas as exportações de produtos da extrativa mineral apresentaram retração.

Já as importações apresentaram queda de 2,1% na mesma base de comparação. O desempenho de bens de capital e bens intermediários, que caíram, respectivamente, 20,1% e 5,7%, foram os que mais influenciaram na retração. Além deles, a importação de produtos agropecuários desabou 17,8%.

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