De malas prontas, Miguel Emiliano de Jesus e a esposa deixaram o interior paulista para buscarem uma nova vida na cidade promissora de Ribas do Rio Pardo. Por volta de 2010, o objetivo do casal era ter uma terrinha para tocar gado e ter uma horta. Entretanto, o único serviço encontrado à época foi em uma indústria madeireira.
“Comecei a trabalhar em uma madeireira, tive a infelicidade de ficar 3 anos de cama após o acidente. Passamos o que ninguém quer passar. Comecei a catar papelão altas horas da madrugada porque eu não conseguia trabalhar, era uma dor insuportável”, relembrou.
Foi após ouvir em um auto falante sobre um novo loteamento, que Miguel seguiu o sonho de ter o pedaço de terra. Na área rural de Ribas, o objetivo começou a ser trilhado. “Comecei com vaquinhas, mas logo fui para as verduras. Comecei a vender as verduras para merenda das escolas, feira e para indústrias de obras”, detalha.
Entrava ano e saia ano, a irrigação sempre foi a chave para que Miguel mantivesse a produtividade do negócio como agricultor familiar. Porém, os problemas começaram a aparecer. Bomba de água sem potência, falta de energia e perda na produtividade. “Antes dava problemas. Quando acabava a energia, a gente perdia os produtos. Se falta energia, falta produto. Nós temos que ter irrigação, ainda mais com o sol aqui”, explica o produtor.
Assim que o programa do governo federal e viabilizado pela Energisa em Mato Grosso do Sul, Luz Para Todos, chegou, Miguel viu uma luz no fim do túnel, literalmente. Novos postes de energia e padrões mais potentes foram instalados na área rural onde o agricultor mora. A necessidade de uma energia estável foi suprida.
“A Energisa veio com os postes e padrões, e a energia começou a chegar para nós também. Agora com a subestação, estamos nas nuvens. Estávamos precisando muito. Logo quando chegamos no loteamento ficamos dois anos sem nada, tudo na luz de vela. Água era uma dificuldade, foi um trabalho pesado para chegarmos onde estamos”, relembra o produtor.
Com a energia em plena funcionalidade e ajudando na irrigação da horta, o negócio de Miguel partiu para outro nível. A plantação passou a receber um tratamento especial. “Sem energia, tem que ter uma bomba a diesel, o investimento fica caro. Pra gente é grande valia esse projeto da Energisa. Se não tivesse, estávamos na pedra. Se não fosse a Energisa chegar até nós, como iríamos fazer a irrigação. Nós devemos prazer e satisfação. Uma parceria que deu muito certo”, pontua o agricultor.
Alguns dos itens são vendidos para o Supermercado Costa, em Ribas — Foto: Divulgação/Energisa
Energia que cria rede de negócios
O jiló, o alface, a couve, o cheiro-verde, o tomate cereja, o maxixe e o quiabo da horta do Miguel são entregues periodicamente para restaurantes, indústrias, sacolões e para a rede de supermercados Costa, em Ribas do Rio Pardo.
Ribas do Rio Pardo recebeu uma nova subestação de energia no fim de novembro deste ano. A estrutura tecnológica proporcionou ao supermercado Costa uma maior segurança em investimento e a possibilidade de pensar em um futuro mais promissor. Para a horta de Miguel, a novidade possibilitou com que a plantação fosse regada mais vezes e que as perdas fossem minimizadas.
Os produtos de Miguel são vendidos nos Supermercados Costa — Foto: Divulgação/Energisa
Além da Energisa como parceira, a relação entre a horta do Miguel e o supermercado Costa, que Vicente Venturini gerencia, vai muito além. Há dois anos os dois empreendimentos vivem uma relação de cooperação.
Vicente diz que a parceria é duradoura e que a gerência do supermercado resolveu apostar nos pequenos produtores de Ribas do Rio Pardo para fazer com que a roda da economia local girasse cada vez com mais potência.
“Nós procuramos dar prioridade para quem é da cidade. Nós compramos em outros locais e com outros produtores rurais da cidade. Tudo que podemos comprar aqui em Ribas, compramos aqui. Claro, levando em consideração o nosso padrão. Na hora de negociar, sempre a prioridade é comprar aqui em Ribas”, relata Vicente.
Ao todo são quatro Supermercados Costa em Ribas do Rio Pardo. A prospecção é de crescimento, já no primeiro semestre de 2023 a expectativa é que um atacarejo seja inaugurado na entrada da cidade. “O nosso modelo é de expansão. Nós temos terrenos em praticamente todos os bairros de Ribas do Rio Pardo na intenção de abrir mais lojas. Queremos abrir, além do atacado, um outro supermercado até 2024”.
A última loja do grupo foi inaugurada recentemente, em outubro de 2022. No novo supermercado foram investidos quase R$ 3 milhões. O elo entre as cadeias produtivas de Ribas do Rio Pardo existe no comércio, que leva benefício e possibilidades à população. Porém, uma situação assustou o gerente comercial do supermercado.
Vicente lembra de um episódio marcante que ocorreu dois dias antes da inauguração. Já com expositores, mercadorias, freezers cheios de produtos e hortaliças da horta de Miguel expostas, o gerente lembra que ao ligar o disjuntor de energia, nada ligou. “Dois dias antes da inauguração nós fomos ligar o equipamento de refrigeração, a energia não aguentou, era fim de linha. Assim, bateu o desespero! Logo entramos em contato com a Energisa, os técnicos fizeram as medições e descobriram que a energia não chegava nem na metade do que precisávamos”, detalha.
Sistema de refrigeração foi garantido após atendimento da Energisa — Foto: Divulgação/Energisa
Foi então que a equipe técnica da Energisa entrou em ação. Em menos de 48 horas padrões de energia foram trocados e a inauguração do novo supermercado foi bem sucedida. Na rota de desenvolvimento, a Energisa viu a necessidade energética que Ribas do Rio Pardo começou a despontar, e a companhia não hesitou em realizar investimentos na cidade, como a nova subestação.
“Entendemos que a energia é muito importante seja para o âmbito rural, como para a cidade. As subestações que foram implementadas foram benéficas para o município. O investimento foi fundamental e só tem a melhorar a nossa vida. A melhora é significativa, a Energisa leva essa estabilidade para o nosso negócio”, compartilhou Vicente.
Desenvolvimento necessário
Subestação foi inaugurada em novembro deste ano — Foto: Divulgação/Energisa
Diante do cenário de grande desenvolvimento da cidade de Ribas do Rio Pardo, a Energisa entendeu que o investimento na cidade era necessário. Para além de atender a demanda da cidade e das grandes indústrias, a companhia idealizou e colocou em prática uma subestação que atendesse ao público da área rural.
“Hoje, o que nós vemos na área rural? Cada vez temos mais uma área rural dependente da energia elétrica. Todas as pessoas que estão na área rural, elas necessitam da energia elétrica para poderem mover o seu próprio negócio. A nossa preocupação é levar energia elétrica com qualidade e continuidade ao homem do campo. Esse é um dos nossos focos”, diz de forma categórica o gerente de manutenção da transmissão da Energisa, Adilson Panizza.
Nova subestação garante integralidade do serviço à Ribas do Rio Pardo — Foto: Divulgação/Energisa
O avanço faz com que a ampliação tome a dianteira das situações nessa escalada. Preocupada com este cenário, a Energisa construiu a subestação que prevê um crescimento de até 6 vezes da demanda existente na cidade de Ribas do Rio Pardo. “Aqui é uma subestação preparada para que a cidade cresça e tenha um desenvolvimento sustentável”.
“Temos uma rede moderna, robusta e a subestação já nasce com um potencial de dobrar de capacidade, garantindo o fornecimento de energia elétrica com qualidade para os próximos anos. Essa obra tem um valor muito especial para a concessionária porque é uma das maiores entregues e prepara a cidade para um célere desenvolvimento”, afirmou o Diretor Presidente da Energisa Mato Grosso do Sul, Marcelo Vinhaes, durante a inauguração.
Além de garantir integralidade no serviço de energia elétrica, a subestação oferece o mesmo tratamento na área urbana e na rural. “A Energisa, em 2022 construiu oito subestações. Ribas do Rio Pardo é uma dessas. Na parte rural foram construídas essas subestações para levar uma energia de qualidade e continuidade aos consumidores. Aqui no município construímos uma outra subestação com característica rural, específica para o atendimento da carga rural. É uma preocupação que a Energisa tem na construção de redes com equipamentos automatizados que permitem um controle a distância”.
Com o investimento de R$ 38 milhões, a Energisa estima elevar o atendimento para 25 mil habitantes, como o Miguel, da horta, e o Vicente, dos Supermercados Costa. A nova subestação passou de 7,5 MVA de potência instalada para o total de 45 MVA, com implantação de dois novos transformadores.
O município passa a ser atendido por uma fonte de energia muito mais robusta com a obra. A instalação proporciona capacidade para crescimento da região e melhoria na qualidade de fornecimento de energia. “A cada dia que passa, o cliente é mais exigente. Você sempre tem que procurar o atendimento com qualidade. A exigência do cliente é muito grande. A Energisa está preocupada com os clientes. O fato de nós construirmos oito subestações em um ano, mostra a nossa preocupação”, pondera Panizza.
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