Zelensky pede embargo comercial internacional contra Rússia.

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People watch Ukrainian President Volodymyr Zelenskiy on a screen addressing anti-war demonstrations in several European cities including Frankfurt, Vienna, Lyon, Tbilisi, Vilnius and Prague, as Russia's invasion of Ukraine continues, at the famous city centre Roemerberg, in Frankfurt, Germany, March 4, 2022. REUTERS/Tim Reichert

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, pediu nesta segunda-feira (7) o estabelecimento de novas sanções internacionais contra a Rússia pela invasão da Ucrânia. Ele propôs um boicote às exportações russas de petróleo e de outros produtos e uma paralisação das exportações para a Rússia.

As sanções ocidentais impostas por causa do ataque militar russo já isolaram o país a um grau nunca antes experimentado por uma grande economia.

Zelensky disse que a pressão econômica precisa ser aumentada. “Se a invasão continuar e a Rússia não abandonar seus planos contra a Ucrânia, então um novo pacote de sanções é necessário em nome da paz”, disse ele em vídeo, sugerindo o boicote ao petróleo e outros produtos russos

“O boicote importa para a Rússia; se eles não aderirem a regras civilizadas não devem receber bens e serviços da civilização – deixe a guerra alimentá-los”, afirmou.

Kremlin

A Rússia exige que a Ucrânia pare com suas atividades militares, altere sua Constituição para consagrar a neutralidade, reconheça a Crimeia como território russo e as repúblicas separatistas de Donetsk e Lugansk como territórios independentes, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.

Peskov afirmou à Reuters que a Rússia havia dito à Ucrânia que estava pronta para interromper sua ação militar “em um momento”, se Kiev aceitasse suas condições.

Foi a declaração russa mais explícita até agora dos termos que quer impor à Ucrânia para parar o que chama de “operação militar especial” na Ucrânia, agora em seu 12º dia.

Segundo Peskov, a Ucrânia estava ciente das condições. “E foi-lhe dito que tudo isso pode ser interrompido em um momento.”

Sobre a questão da neutralidade, afirmou: “Eles deveriam fazer emendas à Constituição, segundo as quais a Ucrânia rejeitaria qualquer objetivo de entrar em qualquer bloco. Isso só é possível fazendo alterações na Constituição”.

O porta-voz do Kremlin insistiu que a Rússia não estava procurando fazer mais reivindicações territoriais sobre a Ucrânia.

“Estamos realmente terminando a desmilitarização da Ucrânia. Vamos concluí-la. Mas o principal é que a Ucrânia cesse sua ação militar. Eles devem parar a ação militar e então ninguém vai atirar”, acrescentou.

“Eles deveriam fazer emendas à Constituição, pelas quais a Ucrânia rejeitaria qualquer objetivo de entrar em qualquer bloco. Também falamos sobre como eles deveriam reconhecer que a Crimeia é território russo e que Donetsk e Lugansk são Estados independentes. E é isso. Isso vai parar em um momento”, disse Peskov à Reuters.

O detalhamento das exigências ocorre no momento em que delegações da Rússia e da Ucrânia se reúnem, nesta segunda-feira, para a terceira rodada de conversações destinadas a acabar com a guerra da Rússia contra a Ucrânia, invasão iniciada em 24 de fevereiro que causou a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial e provocou indignação em todo o mundo.

AGENCIA BRASIL